sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Descriminação da venda de droga como meio de luta anti-crime

Nunca me droguei e não bebo álcool, mas sofro com a droga todos os dias, tenho medo de ser assaltado por algum drogado, já fui vítima de assaltos por isso, sou a favor do modelo holandês e da liberalização da venda de drogas com regras bem definidas, pelas seguintes razões:

1) É uma hipocrisia (do bem) total dizer que a proibição da venda de drogas é uma boa via para evitar que as pessoas se droguem, se repararem há tráfego a qualquer hora, em qualquer dia. Aposto com vocês que é mais fácil encontrar droga no dia de natal, ou que um restaurante aberto para se jantar após a 1h da matina a um dia de semana. A droga está sempre disponível e sempre estará, por uma simples razão o seu tráfego é altamente lucrativo. Se um traficante for preso, haverá sempre outra pessoa disposta a tomar o seu lugar devido aos altos lucros que o tráfico de droga tem. Se olhar-mos para os efeitos perniciosos da "Lei Seca" ao álcool quando esteve em vigor nos Estados Unidos da América. Criou crime organizado, fomentou o tráfego, a fraude, a corrupção, o crime violento, etc. O proibicionismo não é solução eficaz!

2) Os recursos que se utilizam no combate ao tráfego de drogas pouco ou nenhum resultado prático tem, apenas ajuda a alimentar a engrenagem de “tachos” que existem na policia, tribunais, clínicas de tratamento, firmas de advogados e claro cria a oportunidade dos criminosos constituírem grandes fortunas com a miséria dos drogados e suas famílias;

Porque liberalizar e retirar o tráfego do crime para privados e para o estado?

1) Muito simples, vivemos numa sociedade com um modelo económico que se chama "capitalismo"! Se a droga começar a ser vendida/receitada pelo estado ou outros estabelecimentos licenciados pelo estado com preço controlado e regulamentado pelo estado, o mundo do crime irá desinteressar-se pelo comércio da droga! Sem lucro e com uma lei severa contra tráfego/venda por 3ºs não licenciados pelo estado deixa de ser interessante alguém dedicar-se ao tráfego ilegal;

2) A qualidade da droga seria controlada, regulamentada e testada (como os organismos estatais controlam e regulam a venda de medicamentos), deixaria de haver tráfego de droga adulterada com produtos estranhos que muitas vezes são 100x pior que a droga em si e indirectamente criam muitas mortes e prejuízos indirecto para a saúde dos viciados;

3) Com as receitas que o Estado arrecadaria, poderia gastar esse dinheiro com prevenção, informação e tratamento da toxicodependência. Com o dinheiro que pouparia com a redução do uso dos tribunais, policias, de doenças que os toxicodependentes tem, que muitas vezes devido a não terem o mínimo apoio do estado e auto-estima transformação em “viveiros” de mil e uma doença, das quais destaco sida, hepatites, tuberculose entre outras, muitas vezes contagiadas pelos comportamentos de risco gerados pelo vício e suas ressacas (prostituição se protecção contra doenças sexualmente transmissíveis para arranjar dinheiro o mais depressa possível, partilha de seringas), poderia investir em outras áreas mais úteis tais como: Combate à pobreza e exclusão social (luta conta o caldo onde nascem os criminosos, tipo "Cova da moura")!

4) O crime em si diminuiria muito, porque o drogado teria a sua dose gratuita ou a preços muito baixos, deixando por isso de ter necessidade de andar a roubar, a se prostituir ou a traficar, não recrutando mais infelizes para o seu vicio. Teríamos com certeza menos assaltos, menos vidros partidos do nosso carro, muitas vezes para nos roubarem um chapéu que esquecemos dentro do carro, roubo de coisas estúpidas e talvez mais importante, menos violência nas rua, já não teríamos homicídios tipo "um drogado a ressacar" assalta-nos e nós dizemos q não temos dinheiro e levamos uma navalhada. Um amigo meu morreu assim e só tinha 19 anos!

Como e quais as drogas a legalizar?
Drogas leves tipo ecstasy, cannabis e resina de cannabis:
Venda em farmácias ou coffeeshops ou outro modelo de loja com controlo, com a apresentação de BI a maiores de 18/21 anos com preços regulamentados e baixos para desincentivar o tráfego criminoso (o custo de fabrico da droga é baixíssimo, o que a encarece são as margens altíssimas dos traficantes). Claro q todas as substâncias vendidas serão testadas, certificadas e conterão informação sobre a droga em si, efeitos a longo prazo, efeitos negativos, conselhos sobre o efeito negativo da droga, etc.

Heroína, cocaína e outras drogas pesadas:
Só toxicodependentes destas drogas poderão ter acesso a estas drogas mediante receita médica, que por sua vez será controlada por um instituto da droga que acompanhará cada caso. A venda das drogas pesadas a não tóxico-dependentes das mesmas seria ilegal e deveria ser punida severamente (muito mais severamente do que é hoje punida). A toma destas drogas deverá ser feita numa sala-de-chuto com acompanhamento médico e controlo. X em x tempo cada tóxico-dependente seria analisado psicologicamente, fisicamente (analises a doenças, etc., mulheres seriam obrigadas a tomar contraceptivos para não terem filhos com defeitos relacionados com a droga) e convidado a fazer tratamentos de desintoxicação das drogas duras, se recusar-se continuaria ao abrigo do fornecimento da sua dose gratuitamente, seria tipo doente crónico.

Por estas razões não me oponho ao cultivo caseiro, sem lucro de cannabis.

Consumir drogas faz mal à saúde 100% certo!
Existir crime (de que nós não tóxico-dependentes e não-traficantes somos vitimas), prostituição (para sustentar o vicio), o alastramento de doenças tipo sida, hepatites, etc., assim como o dinheiro gasto com tribunais (há tóxico-dependentes com 10 e mais processos em tribunal, são condenados e continuam a consumir até dentro da prisão, até apanharem uma doença tipo a sida e morrem) 100% errado!

A droga é uma realidade que existe e o modelo actual de combate a este problema não é solução nenhuma. A nossa sociedade se quer evoluir e tentar minorar este problema deverão procurar outras maneiras de lidar com a toxicodependência.

Aconselho todos a verem um documentário que se chama "If Drugs were legal" é muito interessante em relação a este tópico. É um documentário que a BBC emitiu sobre a legalização e liberalização da venda de drogas. É uma ficção de como seria a realidade se a droga fosse regulamentada e tivesse venda livre com regras similares às que eu indiquei no meu “post”.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vento e Chuva

Chuva e vento costumam andar juntos, o Inverno os convida.
Hoje reparei que os vidros se embaciavam pela diferença de temperatura entre o interior e o exterior.
No escritório onde estou, tenho aquecimento, lá fora está frio e chove. Neste preciso momento estou a ver um gato sacudir a chuva do pêlo.
É tal a carga de água que o pobre do bicho ainda não acabou de se sacudir, e já tem o pêlo encharcado. Pobre gato pingado.
Reparei que 9 em cada 10 pessoas tem guarda chuva. 1 em cada 10 pessoas ou passa com o casaco por cima da cabeça, ou traz um saco plástico, ou limita-se a correr.
Estou aqui há 1 hora e 13 minutos, se não me falha a estatística. Estou a ficar bom nisto, se calhar devia ter seguido matemática e estar a dar aulas neste momento a alunos que se deixariam dormir na aula e não me incomodariam tanto como o meu patrão.
Fim da minha pausa de trabalho... e já é hora de saída. O tempo voa como as folhas das árvores que passam pela minha janela. Volto amanhã à espera de um novo dia repleto de Sol e calor.

sábado, 23 de agosto de 2008

Terra brava, terra mansa

O Sol beija a Terra todos os dias com uma carícia quente, a chuva lavra-lhe rios que lhe precorrem o corpo em busca da força do mar. Neste infantário de vida, brincam mil e uma formas de vida. No céu correm núvens e aves com uma pressa elegante e sem destino.